O Ministério da Saúde informou neste sábado, 4, que os seis brasileiros infectados pela variante Ômicron estão com esquema vacinal completo e apresentam sintomas leves da covid-19.
Foram registradas três confirmações da Ômicron em São Paulo, duas no Distrito Federal e uma no Rio Grande do Sul.
Em nota, o Ministério da Saúde informou ainda que nove casos estão em investigação, sendo seis no DF e três no Rio Grande do Sul.
“Dos casos confirmados, quatro são do sexo masculino e dois do sexo feminino. Todos os casos têm histórico de vacina, apresentaram quadro leve da doença e estão em monitoramento, assim como em todos os seus contactantes”, informou a pasta neste sábado.
Ômicron é muito mais transmissível
A cientista-chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Soumya Swaminathan, disse nesta sexta-feira, 3, que a nova variante Ômicron do coronavírus é muito transmissível e citou o número de casos na África dobrando diariamente. Apesar disso, ela pediu que as pessoas não entrem em pânico.
“Até que ponto devemos ficar preocupados? Precisamos estar preparados e cautelosos, não entrar em pânico, porque estamos em uma situação diferente de um ano atrás”, disse Swaminathan durante uma entrevista na conferência Reuters Next.
Swaminathan acrescentou que, por seu poder contagioso, a Ômicron pode se tornar a cepa dominante no mundo.
“Delta é responsável por 99 % das infecções em todo o mundo. Esta variante teria que ser mais transmissível para competir e se tornar dominante em todo o mundo. É possível, mas não é possível prever.”
A representante da OMS disse ainda que o mundo está muito mais bem preparado em razão do desenvolvimento de vacinas, que poderão ser modificadas, se necessário, para combater a nova cepa. No, entanto, ela afirmou que ainda é cedo para saber se os imunizantes atuais perdem a eficácia contra a Ômicron.
Sintomas da nova variante
Swaminathan disse que ainda não é possível afirmar que o Ômicron é uma variante leve, mesmo que muitas infecções até agora tenham sido associadas a sintomas menos graves ou casos assintomáticos.
“O fato de não estarem adoecendo significa que as vacinas ainda oferecem proteção e esperamos que continuem a oferecer proteção”, pontuou.
Redação
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