A nova modalidade do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) para moradores em situação de rua vai priorizar 38 municípios, incluindo todas as capitais brasileiras e cidades com mais de mil pessoas cadastradas como “sem moradia” no CadÚnico, do governo federal.

O ministro das Cidades, Jader Filho, detalhou, nesta quarta-feira (23), a portaria que destina no mínimo 3% das moradias do programa para esse público, durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, do Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Segundo Jader Filho, o governo vai financiar 100% dessas habitações, ou seja, as casas serão doadas para os selecionados no programa. Além disso, as famílias serão acompanhadas:

“Não é só você dar a casa à pessoa que está morando em situação de rua. Tem todo um trabalho que acontece previamente com essas famílias, durante o processo de inserção delas no condomínio e o pós, porque você precisa reinserir aquelas famílias no mercado de trabalho, cuidar da questão da saúde, da educação das crianças, das mulheres, dos idosos”.

Jader Filho ainda explicou que o cadastramento dos beneficiários na nova modalidade do Minha Casa, Minha Vida será feito pelas prefeituras:

“Precisa ter o cadastro. Ou o cadastro precisa ser feito pela prefeitura, pela área social da prefeitura, ou as famílias mesmo que estão em situação de rua têm que procurar, na sua cidade, ou a Secretaria de Habitação ou companhia de habitação para que elas possam se apresentar, para que elas comecem a fazer o processo de seleção. As prefeituras façam o processo de seleção das famílias que vão ser atendidas”. 

O ministro Jader Filho destacou ainda que, com o acréscimo da faixa voltada para famílias de classe média com renda mensal até R$ 12 mil, anunciada no início do mês, o programa Minha Casa, Minha Vida deve alcançar o número recorde de quase três milhões de moradias contratadas em quatro anos de governo.